7 de abr. de 2010

Pode me chamar que EU vou...

Como disse Manoel Bandeira no seu MARAVILHOSO poema que transformo em minhas as SUAS palavras, porém ao meu paraíso, ITACIMIRIM meu AMOR...
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Vou-me Embora pra Pasárgada
(Vou-me Embora pra Itacimirim)
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada (Itacimirim)
Lá sou amigo do rei
Lá tenho (o meu AMOR)
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada (Itacimirim)
Vou-me embora pra Pasárgada (Itacimirim)
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada (Itacimirim)
Em Pasárgada (Itacimirim) tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade (Tem o MEU AMOR)
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar— Lá sou amigo do rei
(Terei o AMOR que quero)
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada (Itacimirim).
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira",
Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

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